quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Conto homoerótico

- Tinha ficado uma bosta, mas ao menos está durando. Olha aí, nem descascou. Nenhuma.
- O meu tirei hoje e já aproveitei pra lixar. Não gosto quando elas começam a ficar compridas.
- É? Nem eu. Que bom, né?
- É. ÓTIMO.

E foi pra cima da outra.

Simples assim.

Ela não pergunta,eu menos.Poupo detalhes, ela mais.E, se deixo escapar, paro no meio e não quero falar, ela diz "tudo bem. não sou curiosa".

Da minha parede amarelo-queimado

- Ué! Que parede é essa!? (careta perplexa) Tu que pintou??
- Não. Foi um pintor pós-moderno inspirado na corrente antropofágica de 1922.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lixeiro

Tocou o interfone. Atendi.

- Oi! É o lixeiro!
- Oi...
- ...Hoje é o dia do lixeiro!

E eu, sem entender:

- Poxa, parabéns!

Carteiro

Tocou o interfone. Atendi.

- Alô?
- Oi. É o carteiro!
- ...E daí!?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Beira do Leito

Verdade é que nunca auscultei nada igual.
Parecia ter um pedaço do intestino no coração. Fazia borborigmos. Juro.

Beira do Leito

Beira do leito. Termino de auscultar o paciente, e meu colega:
- Rafaela, tu ouviu um troço SUPER ESTRANHO no ictus?
Olhei pro colega. Olhei pro paciente. Olhos arregalados (ou melhor, olho direito arregalado, que o lado esquerdo paralisou depois do AVC), esperando minha resposta. Olhei pro meu colega. Olhei pro paciente.
Decidi pela medida paternalista. Acarinhando o braço do doente, eu:
- Ah, mas ele vai fazer cateterismo hoje, né, seu Pedro?

Cada situação.